Destino


Fez-se curva entre meu verso e o lírico
Depois de tantos lastros em desabafos
A lira sempre exagerada na pele
O desejo exposto em palavra

-Silencio-

Silencio e quase me envergonho
De tanto remo,
Tanta corrida, torcida, treino
Para acabar náufraga.

Doem-me os ossos
As entranhas
A cabeça

O tombo me arrastou o coração
Me roubou a métrica
Me tirou êxtase

Aguardo ansiosa
A volta da alegria,
Do bem, da alforria
Da lira e do riso
Do meu coração

2 comentários em “Destino

  1. Sede de amar cada vez mais a cada instante,
    como um encanto…

    Como dói o pós amor.

    “Doem-me os ossos
    As entranhas
    A cabeça”

    Caio F. diria que a dor é similar um salto alto pisando sobre o peito.

    Eu acho que é mais.

    Clau

    Sempre profunda em suas palavras.
    Gosto muito!

    Beijão
    Fica super bem

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  2. Querida,

    Que lindos versos!!! Acredito que estejamos vivendo momentos parecidos, ainda que em realidades diferentes!

    Muitas vezes, o desespero profundo surge para que possamos recomeçar com ainda mais garra!

    Como digo… “o fundo do poço tem mola”!

    Beijos, amadinha!! Amooo o que você escreve!

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